Wednesday, October 17, 2007

Ecos




Ecos,
Das tuas palavras sibiladas,
Em tempos idos
Recordações,
Apenas já,
Vagas sensações
Desse teu sussurrar
Em meus ouvidos.

Destroços dos teus sorrisos,
Vagueiam em meu
Pensamento.
Ruínas do que fomos,
Cravando fundo em mim.
Pudera eu ter-te aqui de novo,
Para construir de novo,
Tudo aquilo que ruiu.

Dá sinal de ti,
No meu deserto,
Na brancura dos meus dias
Pinta arco-íris,
Na languidez dos meus momentos
O palpitar do teu amor,
Transformado em pó de sonhos,
Entre os dedos
Já cansados
De agarrar:
O longínquo
O Breve,
Ou apenas:
O que nunca existiu.

No comments: