Breve sopro,
levre brisa,
no meu ombro poisou,
pássaro de passagem,
ou mão,
que logo abalou.
Voltei-me,
e nada vi,
só esta paisagem
certa e eterna,
imutável através dos anos,
que esculpem em mim,
outra estátua.
Nesta alma
sem destino,
Neste corpo
sem razão.
O passado fica suspenso,
perante,
a cratera do amanhã,
profundeza abissal.
De flores e sementes,
rosas tão carentes,
esperam o pronúncio,
de uma presença,
desfolhando,
em cada pétala cerrada,
meu líquido, de encanto branco.
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