Um estorvo me condiciona,
Num esforço total,
De maré vazia.
Acordo,
Com as pálpebras invertidas,
Que prendeu a minha alma,
A este asterico.
Nunca mais se faz dia!
A noite corrompe-me os sentidos,
E torna urgente a mágoa,
Nestas palavras silibadas,
A quem alguém,
Uma vez chamou,
Bem ou mal,
Poesia.
São necessários estes sons,
Que me perpetuam a voz,
Que me perpetuam a voz,
Num código genético,
Fugido ao ser,
Que não me nasce no ventre.
Vou e venho,
Neste quarto em labirinto,
Tropeçando,
Nos meus próprios silêncios.
A luz da manhã,
Penetar-me a íris,
Acordo,
Numa predição
De mão estendida.
Quero dizer que estou aqui,
Mas ninguém me ouve,
Se calhar porque não estou
Já me ausentei noutros mares
Tão distantes,
Mas tão perto do sonho.
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