Wednesday, June 20, 2007

Miguel

Era cedo demais,
Para quereres os meus braços,
Agora,
É tarde demais,
Par todo este espaço.
Entrego-te a minha pureza
Nesta estranha combinação
Em que me tento indificar.
Eu quero mais,
Quero sempre mais.
Num grito,
Quero-te a ti.
Vou desembainhando a minha roupa
Nesse esforço louco
De te ter mais próximo de mim.
Esse nosso amor,
Une-nos e separa-nos
Torna-nos mais distantes
E mais indivisíveis.
Amor,
Vem de manhã
Cantar-me canções ao ouvido.
Que eu conto-te
Todos os meus segredos
Agora,
Que morreu
Esse silêncio
Que me morava
Na voz.

Thursday, June 14, 2007

Morando nos silêncios

Este sentimento
De estranheza
De não sentir concêntricas,
A esfera do meu sentir
E do meu ser.
Este algo indefinido,
Que não se consegue dizer,
Porque,
Ainda não se inventaram
Palavras,
Para dizer,
O que mora
Nos silêncios.

Friday, June 8, 2007

Amor peculiar

De amor
Tão terno,
Parecia
O primeiro.
De amor
Tão eterno,
Parecia
O último.
De fôlego
tão imenso,
O vendaval,
Se fez
Brisa.
De luz
Tão imensa,
Na estrela
Eclipse.
Na suavidade
O ardor
Deste algo
Tão intenso.